CÂNCER DE PULMÃO – Avanços no entendimento
São animadores os diversos avanços no entendimento dos diferentes tipos de câncer de pulmão, propiciando abordagens mais assertivas para cada grupo de pacientes, com cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. Porém, apesar de todos estes fatores, a doença continua sendo uma das mais letais entre todos os tipos de câncer. São 1,8 milhão de mortes anuais, segundo o Globocan, da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS).
Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de pulmão é o segundo mais incidente no mundo. No Brasil, estimam-se 32 mil novos casos este ano, sendo o quarto tumor mais frequente nos homens e o quinto nas mulheres.
Apesar das novidades no entendimento da doença, o principal fator de risco é um velho conhecido: o Tabagismo correspondendo a 80% das causas dessa enfermidade. O mais impactante é que pessoas que nunca fumaram também podem desenvolver câncer de pulmão por meio de outros fatores de risco como exposição a amianto, sílica e metais pesados; águas contaminadas com arsênio; trabalhar na fabricação de borracha, varredura de chaminés e produção de carvão; poluição ambiental, seja ambientes internos ou externos; exaustão de motor a diesel.
Há alguns motivos para o rastreio da doença ser pouco falado e divulgado, segundo explica a Comissão Científica de Câncer de Pulmão da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia):
– As evidências científicas sobre o benefício do rastreamento para câncer de pulmão são recentes e vêm de estudos internacionais;
– Médicos desconhecem as evidências ou não se sentem apoiados pelos gestores de saúde para a recomendação do rastreamento;
– O estigma da forte relação da doença com o tabagismo, em que a pessoa que fuma sente culpa.
A estigmatização cria resistência para buscar estratégias de prevenção e diagnóstico precoce. Geralmente, há um medo baseado no ditado “quem procura acha”, e ninguém quer se descobrir com uma doença, mas, ao descobrir tardiamente, o tratamento será menos eficaz. É justamente nesse sentido que os profissionais de saúde defendem um programa de check-up pulmonar, contribuindo para o diagnóstico precoce, afinal, ele é muito importante para o sucesso do tratamento.
Sem comentários