A prevenção do câncer depende de consulta, exames e mudança de hábitos
Envelhecer de maneira saudável e equilibrada é um desafio nos tempos modernos.
A humanidade, desde seus primórdios, trava uma guerra contra doenças infecto-contagiosas, entretanto desde século passado com melhorias em saneamento básico e descoberta dos antibióticos houve considerável aumento da expectativa de vida e consequentemente no número de doenças cardiovasculares e incidência de câncer.
A Terceira idade é a faixa etária em que os cânceres aparecem com maior frequência, e segundo a ONU, 25 a 30% dos idosos entre 60 e 79 anos, desenvolverão algum tipo de câncer.
Segundo o IBGE a expectativa de vida era de 72,86 anos em 2009 e em 2014 alcançou a marca de 74,9 anos, o que aumenta também o número de casos de neoplasias.
O idoso apresenta uma frequência mais elevada de câncer principalmente devido ao envelhecimento celular e falha em mecanismos fisiológicos de combate às células malignas.
Podemos citar como os principais vilões para essa faixa etária os tumores de pele, próstata e mama, entretanto outros tipos também são importantes como os tumores ginecológicos, da região gastrointestinal e de pulmão.
Fatores externos podem colaborar para aumento da chance de neoplasias como por exemplo o tabaco, ingestão de álcool e embutidos. Em contrapartida um recente estudo de uma respeitada revista cientifica americana mostrou que alimentação saudável e atividade física moderada diminuem a chance de certos tipos de câncer.
Rastreamento por meio de consultas médicas e exames complementares também são muito bem-vindos no combate à doença, e exemplos de exames indispensáveis para qualquer pessoa são a mamografia, PSA, Papanicolau e para casos selecionados a endoscopia e raio X de tórax.
Se algum desses exames estiver alterado deve-se procurar profissionais habilitados para o tratamento, entre eles o cirurgião, oncologista clínico ou radio-oncologista.
Pouca gente sabe, mas em muitos casos as três modalidades de tratamento podem ser necessárias, como em tumores de mama, em que é realizada a cirurgia, posteriormente a radioterapia, e quimioterapia ou hormonioterapia. Já em casos de tumor de próstata a conduta pode variar desde de observar o paciente com PSA seriado e biópsia (casos selecionados e iniciais), cirurgia ou radioterapia (as duas com iguais chances de cura e com seus benefícios e riscos) e hormonioterapia.
O avanço da medicina permitiu que os tratamentos fossem cada vez mais precisos e individualizados e hoje temos até terapia alvo para alguns tipos de tumor. (Tratamento que ataca o tumor de maneira mais eficiente e com menos efeitos colaterais).
Apesar de todo o arsenal terapêutico os melhores resultados sempre vêm da detecção precoce do câncer, por isso a mudança de hábitos aliada a visitas periódicas aos profissionais de saúde e acesso aos exames de rastreamento são ferramentas indispensáveis no combate à doença.
Faça sua parte, previna-se!
Publicado pelo jornal da 3ª Idade. Disponível em: http://www.jornal3idade.com.br/?p=1798
Sem comentários